Acostumado com um público formado por seus brinquedos e pela família, Heitor Cestari, de 7 anos, vai comemorar o Carnaval do jeito que mais gosta: tocando bateria igual gente grande. O menino, que começou a se interessar por música com apenas 1 ano de idade, se apresentou na programação oficial do Carnaval da Barra, em Marataízes, no litoral Sul do Estado.
Fera no instrumento, o pequeno morador de Piúma começou a fazer barulho brincando com as panelas de sua casa. Ele tomou gosto pelos sons e hoje é fã de músicos como Eric Carr, ex-baterista da banda Kiss, e Michael Jackson.
“Ele toca desde muito novo, começou nas panelas, batendo e amassando para fazer som”, afirmou o pai de Heitor, o músico Uildo Marques Dávila, de 42 anos, que é mais conhecido como Tupan Markes.
Tupan contou que o filho gostava tanto de tocar nas panelas que a família precisou comprar uma bateria de brinquedo para o menino.
“Quando ele era novinho, eu era secretário de Cultura de Piúma. Quando a gente fazia show no trio elétrico, ele ficava no camarim. Acabava o verão, e ele continuava brincando nas panelas. Minha esposa teve de comprar uma bateria de plástico para ele, mas durou só dois dias: ele quebrou de tanto que tocou”.
O pai do Heitor diz que sempre incentivou o filho. “Teve um período em que ele queria só brincar de ficar batendo. Daí eu conversei com ele sobre levar a sério os estudos, e ele ficou seis meses sem colocar as mãos na bateria. Mas, quando voltou, veio com a ‘pólvora’ toda”.
Hoje com uma bateria de verdade, Heitor quer ensaiar todos os dias. “A gente até dá uma segurada, porque se deixar ele quer tocar todos os dias e não faz nada além disso. Mas é um orgulho, em todo show eu choro”, afirmou a mãe de Heitor, a autônoma Erica Cestari, 36 anos.
O show deste sábado, em Marataízes, é ao lado do pai, que se apresenta no palco como uma das principais atrações do dia.
O pequeno baterista revelou que está cheio de planos e sonhos.
“Meu maior sonho é ser baterista profissional e ter aulas em um estúdio profissional. Gostaria muito de ser baterista em alguma banda de música baiana. Mas o que queria mesmo era montar uma banda só com crianças”, contou Heitor.
.
.
.
.
.
Fonte: Tribuna on-line