Quatro acusados de matarem uma mulher trans, identificada como Anna Maria Max de Souza, de 28 anos, foram presos, nesta segunda-feira (23). O crime aconteceu na madrugada do dia 2 de maio, no bairro Maraguá, em Itapemirim. Anna Maria levou quatro tiros.

Um dos acusados foi preso em Araruama, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, dois em Marataízes e um em Iriri, Anchieta. Ao todo, são cinco investigados, segundo a polícia. O quinto indiciado, acusado de ter atirado na vítima, está foragido no Rio de Janeiro.

Batizada de “Operação Anna”, a ação foi realizada pela Polícia Civil do Espírito Santo e a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) do Rio de Janeiro, com o apoio da Guarda Municipal de Itapemirim e de Marataízes, no Sul do Estado.

Responsável pela 9ª Regional da Polícia Civil de Itapemirim e chefe da operação, o delegado Djalma Pereira Lemos chegou à conclusão de que o fato de Anna ter testemunhado um assassinato na Ilha do Gambá, em Piúma, fez com que familiares do assassino, que já estava preso, planejassem a sua morte.

O delegado também investiga um homem que estaria se relacionando com Anna. Segundo Lemos, ele estaria sendo coagido pelos familiares, por não aceitarem o caso entre os dois.  

De acordo Djalma, Anna foi levada pelos assassinos ao local do crime, uma área de invasão, onde vêm acontecendo vários crimes. Lá, ela foi alvo de vários disparos e abandonada sem documentos de identificação.

Depois, uma caminhonete branca foi identificada, por meio de depoimentos de testemunhas e familiares, como o veículo utilizado pelos suspeitos para levar Anna até o lugar do crime.

O delegado relatou, ainda, que no dia do crime a vítima teria ligado para uma pessoa da família e confidenciou que estava saindo com pessoas suspeitas e que estava com medo de ser morta. 

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Fonte: Tribuna on-line 

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